sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Dinamite de Bruxelas: Lukaku


Com origens na Antuérpia, eis que surge na última temporada um avançado que promete assombrar o mais físico dos defesas. Iniciando a sua carreira no futebol juvenil ao serviço do FC Bruxelas, foi quando Lukaku se mudou para o parente rico da cidade, o Anderlecht. Rapidamente se começou a destacar na formação do clube belga, averbando um golo por jogo em todos os jogos da equipa de reservas. Começava assim a tornar-se no melhor “aluno” da formação Púrpura de Bruxelas, preparando desse modo a sua chegada à equipa principal.


Beneficiando de um físico imponente (1,92m e 94kg), o futebol de Lukaku, como é passível de ser subentendido, não se esgota no poderoso jogo aéreo ou num jogo musculado em que o uso do corpo é palavra de ordem. Não. O jovem belga dispõe de mais argumentos. A juntar ao manancial já mencionado, Lukaku é um genuíno avançado, jogando muito bem fora de área, fazendo bom uso da vantagem de não ter propriamente um pé preferido, aproximando-se e sendo letal dentro da grande área.


Desde a sua explosão com aos seus tenros 16 anos, não demorou muito a começar a discussão sobre para quando estava prevista a sua chamada aos trabalhos da selecção. A discussão subia de tom, até pelo facto de a Bélgica não dispor de um grande avançado à muito tempo. Essa estreia pelo combinado belga aconteceu frente à Croácia, secundado por Dembelé e uma outra estrela, que agora está nos blocos de notas dos olheiros mais reputados: Eden Hazard. Lukaku não marcou, mas dizem as crónicas do jogo que revelou um imenso à vontade e um excelente jogo posicional para alguém da sua idade. Depois de Luc Nilis e Marc Wilmots, a Bélgica voltava a ter um jogador-chave a quem agarrar as suas esperanças futuras.


Mas Lukaku deverá manter os pés assentes no chão. Aconselhado pelo seu pai (também ele um ex-futebolista profissional), é normal que o muitíssimo jovem belga ainda não tenha capacidade para medir a carga que desde tão cedo insistem em colocar-lhe nos ombros. Por forma a aliviá-la, o treinador do Anderlecht conta com uma frente atacante que lhe permite preservar Lukaku sempre que necessário. Fundamental? Claro. São demasiados os casos em que estas jovens estrelas se perdem pelo caminho, perdendo um brilho que nunca chegou a ser completo.


Bem ao estilo de Usain Bolt, Romelu Lukaku é um atleta que pode afirmar com toda a convicção que é mais que poderio físico. Pela amostra dada, o belga é claramente capaz de se fazer notar em campo, mesmo antes de ver o seu nome na lista de marcadores.

Aos 17 anos e já com estatuto de titular da selecção belga, por onde passa selecção rá o destino de Lukaku? Será ele a próxima referência de ataque do futebol mundial, sucedendo a nomes como Drogba e Eto´o? Aproveitando o exemplo do avançado do Anderlecht, que, aos 16 anos já jogava com regularidade na equipa principal, deveriam os clubes portugueses apostar mais nos jovens portugueses, indepentemente de terem 16 ou 17 anos? Por exemplo, jogadores como Bruma, Ricardo Esgaio, Sancidino Silva, Lupeta, entre tantos outros, poderiam já nesta fase das suas carreiras jogar na nossa Liga profissional?

José Borges

2 comentários:

CL disse...

Bom blog, sigo o teu trabalho desde o Visão do Mercado.


Interessado em fazer uma crónica semanal para o meu blog?

PS: Responde na caixa de comentários do post mais recente (do meu blog)

Manuel Oliveira disse...

Caro Zezé (José Borges), vim retribuir a tua visita ao Blog do Manuel
Passei a seguir o Blog. Se quiseres retribuir ficarei grato.
Também se houver interessa poderemos trocar links.

Abraço.