sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A busca pelo sucessor de David Seaman: Joe Hart


O começo de época dos novos ricos da liga inglesa, o Manchester City, não diferiu com o final protagonizado na passada campanha. As exibições, apesar de nova (forte) investida no mercado, continuaram a pautar-se pela mediania e o projecto – sim, porque ainda não saiu do papel – de tornar o City candidato ao título, só agora começa a ter sucesso. No entanto, e a contrastar com esta pálida realidade colectiva da equipa, há um guarda-redes, que tem dado provas que a procura pelo sucessor de nomes como Peter Shilton, Ray Clemence ou David Seaman, já esteve mais distante de encontrar o seu fim.


Os desempenhos recentes de Joe Hart – em particular, os jogos frente ao Liverpool e Tottenham, duas das mais poderosas equipas da liga – são de deixar água na boca, e assim poder descansar os fãs da selecção dos três leões, órfã e sedenta de uma referência para a baliza, facto que David James e Robert Green não conseguiram alterar. (desempenho frente ao Tottenham, aqui).


É impossível ficar indiferente à agilidade e velocidade de reacção de Joe Hart. Observar a sua prestação nos jogos acima referidos, fez-me recordar as referências da baliza da selecção inglesa já citadas. Apesar de Hart ainda ter um longo caminho a percorrer, é justo dizer-se que possui o potencial para chegar ao nível das glórias do passado. A palavra-chave terá que ser, consistência. É a concentração de uma longa e desgastante temporada na liga, e Europa, que testarão o estatuto que Joe Hart almeja. O guarda-redes formado no Sherewsbury Town terá que ter paciência, ciente de que o caminho a percorrer para que se estabeleça como titular do Manchester City e da selecção, é longo e por vezes tortuoso. Mas as performances de Hart esta época já levaram os mais cépticos a concordar que ele tem o talento. Porém, mesmo que Joe Hart comprove todas as suas aptidões e baseie as suas prestações numa linha consistente, ou mesmo que isso não aconteça, poder-se-á dizer que já foi um prazer observar o nascimento de um guarda-redes inglês com tantas qualidades. Até por isso ser uma raridade em terras de Sua Majestade.


Nos anos 70 e 80 a oferta era diversificada, e a escolha complicada. Havia Peter Shilton. Havia também Clemence. Na época, haviam grandes debates entre os adeptos sobre quem devia ser o nº 1. Hoje em dia, o debate mantém-se. Não por falta de oferta, mas porque a oferta não enche o olho. Irá Hart mudar isso?

José Borges

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Elland Road vibra...e o Leeds vive!


Há muita discussão sobre os níveis de expectativa por Elland Road, estádio do Leeds, nos dias que correm. E, para ser sincero, ela é justificada, depois de bater os líderes Q.P.R por 2-0, alargando para nove jogos a imbatibilidade no campeonato, subindo assim ao 2.º posto da tabela classificativa. É justo dizer que o Leeds está a exceder as expectativas dos mais cépticos adeptos do United local.

Mesmo depois do seu goleador, Jermaine Beckford, se ter mudado para o Everton numa trasnferência a custo zero. Das 10 contratações que a equipa realizou no Verão, apenas Kasper Schmeichel, o lateral Paul Connolly e o central Alex Bruce ganharam um lugar entre a equipa que conseguiu a época transacta a subida desde a League One.

Porém ,nem sempre o horizonte se mostrou radioso para os de Leeds. No fim de Outubro, a equipa parecia muito enfraquecida depois da surpreendente derrota caseira frente ao Cardiff City. A partir daí, perderam 4 jogos em 5 possíveis, o que pôs à prova as verdadeiras capacidades do seu jovem treinador.


Primeiro: aumentou a capacidade defensiva do Leeds, trazendo para Elland Road o experiente Andy O'Brien do Bolton, por empréstimo. Andy actuou como se fosse da terra, jogando sempre com o nível de compromisso que um jovem tem quando procura o seu primeiro contrato profissional. Resultado: Leeds pretende contratá-lo a título definitivo.

Segundo: ajudou a que o talentoso escocês Robert Snodgrass voltasse à sua melhor forma. Mudou o sistema táctico, passando de um 4-4-2, para um dinâmico 4-2-3-1. Com O'Brien a conferir a necessária estabilidade na defesa, apoiado por Bradley e Kilkenny, o inspirador capitão, Howson, tem agora licença para atacar juntamente com Snodgrass, recebendo a ajuda do marfinense Max Gradel no apoio ao solitário avançado, Becchio.


Fez esta terça-feira dois meses desde que o homem que possibilitou esta re-ascensão do Leeds United, Grayson, foi contratado ao Blackpool, depois dos responsáveis pela equipa perceberem que não iam a lado algum com a lenda escocesa Gary McAllister. Qualquer que seja a opinião sobre a formação inglesa presidida por Ken Bates (ex-presidente do Chelsea), não se poderá negar que o crédito ganho nos últimos meses foi considerável. Eu tenho saudades dos tempos em que, jogadores como Lee Bowyer, Rio Ferdinand, Alan Smith, Mark Viduka, Jason Wilcox, Harry Kewell, entre outros, se batiam com os melhores da Europa. Parece que já não vou ter de esperar muito mais.


Lembra-se da bela equipa do Leeds United de 2000, que inclusive alcançou as meias-finais da Champions? Acredita que, à semelhança do Newcastle, podem voltar a fazer figura na Premier League?

José Borges

Análises e soluções invernais para os 4 grandes: Sporting


Chegados a esta altura do ano, é tempo de dirigentes, em convergência com equipa técnica, se reunirem para analisarem o caminho percorrido até aqui, bem como as formas e soluções ao alcance dos clubes para ultrapassar melhor a segunda metade da temporada. Normalmente, o "remendo" encontrado, dá pela palavra de reforço. O significado de ele acontecer em Janeiro é só um: no Verão, as coisas não foram bem feitas. Façamos agora uma análise às necessidades de cada equipa:


Sporting: Fazer uma análise ao actual momento da equipa leonina, é uma tarefa dificultada por questões extra-desportivas. A instabilidade, a falta de consenso, as quezílias que são quase diariamente noticiadas para os lados de Alvalade, quase sempre tendo como alvo os seus dirigentes, ajudam a que todo o potencial da equipa...não se potencie. Um dia que o Sporting "arrume a casa", tem todas as condições para se erquer tão alto como já esteve. Até lá, apenas pode tentar cumprir e seguir os pergaminhos do clube: vencer. Muito embora eles próprios tenham noção que não estão, por agora, reunidas condições para que isso aconteça.

Comecemos pela baliza: O Sporting apresenta a normal hierarquia ou, pelo menos, aquela que eu julgo ser mais proveitosa para o clube. Guarda-redes com potencial no onze, guardião com experiência nas reservas. É isso que acontece com Patrício e Hildebrand. A minha opinião sobre Patrício é muito simples: quiseram que ele cresce-se rápido demais. E com isso, não se apercebendo, travaram um pouco a afirmação dele, de um jovem que, se tiverem paciência, será o titular do Sporting por largos anos. Qualidade, estatura, ele tem. Na banda defensiva, aparecem João Pereira e Evaldo. Cada um ao seu estilo - o português mais audaz no ataque, o brasileiro mais equilibrado e posicional a defender - conferem o equilíbrio e dinâmica pedida aos corredores. São ambos jogadores de qualidade, que apenas não são bem complementads por que joga à sua frente. No centro, espaço para um produto da formação, Carriço, que já é capitão, e que padece do mesmo síndorme de Patrício: deveria estar em evolução! Sustentada! Pedem-lhe, com esta idade, que dê a cara pelo clube, e isso mina o crescimento de um central que eu aprecio e estranho não ver nos eleitos da selecção. O outro posto da defesa tem sido dividido entre Polga e N.A.C, mas eu espero que, este ano civil, o Torsiglieri possa agarrar o lugar. Tenho boas referências dele. Chegados ao meio-campo, gostaria que a aposta recaísse em Zapater. Não é à toa que desde cedo foi muito pretendido em Itália, e percorreu todos os escalões jovens da selecção espanhola, numa geração que contava com jogadores como Iniesta, por exemplo. No entanto, o lugar é muito provavelmente de P.Mendes, quando refeito totalmente da lesão que até aqui o afastou. A seu lado, André Santos, que tem tudo para ser o próximo médio de alta rotação do futebol português. Na ponta do tridente do centro do terreno, todos os sportinguista gostariam de ver a afirmação definitiva de um génio da bola, de seu nome Matías, mas que tarda em mostrar e fazer jus ao epíteto de um dos melhores jovens jogadores sul-americanos. Tem lampejos de génio ,mas o seu jogo necesita de maior regularidade. Se não resultar, deve avançar Valdés, que já provou ser mais 10 que um extremo. Nas alas, aí sim, os maiores desafios para este Sporting de Paulo Sérgio. Palavra-chave: equílibrio. É a base de sucesso para uma equipa...de sucesso! Se numa das alas defensivas se encontra um jogador mais posicional, e parco em apoios ofensivos, optar por um ala mais vagabundo. Se na outra estiver um corredor de fundo, ao bom estilo de Pereira e Coentrão, optar por um ala mais equilibrado, que confira transições defensivas e acompanhe as efectuadas pela própria equipa. Têm tudo a ver com transições, momentos certos e equilíbrios adjacentes. Por isso mesmo, faz falta Izmailov a este Sporting, jogador muito culto tacticamente: equilibrado, completo. Do outro lado, a irreverência de Vuckcevic, jogador acima da média, mas com dificuldades no controlo mental. Na frente só pode estar Postiga. Além de ser o único ponta-de-lança culto da equipa (Saleiro aproxima-se), é o garante de golos por esta altura.

Possíveis posições a reforçar:

Ala: Com o diferendo Izma-direcção, é crível que chegue alguém para a ala-esquerda. Yannick estará também com um pé fora de Alvalade. Urge reforçar o sector.

-Mariano, do Porto (o argentino terá agora o sua chance nos quadros portistas, mas não me parece provável que acrescente muitos minutos às suas pernas no que falta jogar da temporada. Fruto das boas relações com o Porto, poderia chegar envolvido numa já típica troca entre emblemas)

-Edinho, do Málaga (jogador mais forte fisicamente que qualquer um dos alas do Sporting. Essencialmente um jogador de raça e querer. Não faz parte dos planos de Pellegrini)

-Wilson Eduardo, emprestado ao Portimonense (à semelahnça do acontecido noutras agremiações, Janeiro é tempo de fazer voltar alguns dos emprestados qe se tem destacado. Uma vezes resulta, outras não, mas seriabom ver Wilson a ter uma oportunidade)

-Nolito,do Barcelona (pode comprometer-se com qualquer clube a partir de Janeiro. Do que vi dele, só posso dizer uma coisa: fiquei maravilhado. não podem subir todos à equipa principal do emblema culé. Talvez incomportável aos cofres de Alvalade)

AV: O Natal já passou, e o pinheiro ainda não chegou. É uma visão um pouco provinciana esta, de homem-golo muito alto, que só precisa de marcar presença na área, e as bolas batem nele e entram. Não me parece que sejam essas as necessidades da equipa. Precisa de ser um finalizador nato, como o era Liedson, antes da idade lhe bater à porta também.

-Zé Eduardo, do Santos (consensual em muitos fóruns sportinguitas. Uma solução economicamente vantajosa para o clube. 22j e 18g em todas as competições pelo Peixe)

-Dagoberto, do São Paulo (mais difícil de ser concretizada, mas não impossível. Dagoberto já não poderá ser negociado pelos valores que há uns anos atrás valeria. A idade foi avançando, e com isso o preço do seu passe baixou. Jogador de créditos firmados no Brasil)

-Keirrison, emprestado pelo Barcelona ao Santos (sempre defendi que um jogador que cuata 14M não pode ser um flop. Os golos que marca no Brasil são a prova de que merece mais tempo para mostrar tudo aquilo que sabe fazer. Se chegou ao Benfica por empréstimo, também pode chegar ao Sporting)

-Rafael Sóbis, do Internacional (já andou pelas Arábias, embora a qualidade que mostrou no Bétis e Brasil tenham sido, em tempos, suficientes para o levar até aos planos da selecção nacional brasileira. Muito tecnicista)

Que outras posições, jogadores, poderiam interessar ao Sporting?


José Borges

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Celtic procura um toque de experiência!



Quando somos pequenos, e começamos a olhar para aquele rectângulo verde dentro de um quadrado de plástico (relvado dentro de um televisor), aquilo que nos capta a atenção são as cores que nos enchem os olhos. Talvez por isso tenha crescido o gosto pelo Celtic de Glasgow. Aposto que isso já aconteceu com o leitor na sua infância, não?


Os anos foram passando, e outras realidades foram bater à porta da minha curiosidade. Descobri que, se o futebol escocês tem hoje em dia uma importante razão de ser, essa deve-se sobretudo à rivalidade entre católicos e protestantes, que é secular e sempre ultrapassou o domínio desportivo. Por isso é que é inadmissível para o Celtic que o Rangers seja bi-campeão e leve dois pontos de vantagem. Para corrigir isso, os católicos de Glasgow procuram limar essas arestas soltas no mercado de Inverno.


Ljungberg, agora a jogar na MLS, Kranjcar, do Tottenham, são os dois nomes que mais ilusão criam nas mentes sonhadoras de todos aqueles que, semana após semana, enchem o Celtic Park. O Aston Villa também está na peugada do internacional sueco, mas o clube inglês dispõe de outras opções em carteira. Já Kranjcar, seria um reforço de peso para os escoceses, visto ter chegado a White Hart Lane com a aura de um dos melhores jogadores croatas dos últimos anos, depois de um grande Mundial em 2006.



Certamente que o excêntrico sueco ex-Arsenal e o croata iriam aumentar as possibilidades deste Celtic voltar aos grandes momentos. Aliás, já não é a primeira vez que estes veteranos voltam à Europa para representar clubes de nomeada. Robert Pires fê-lo e tem jogado no Villa Park. A experiência é sempre um posto, e a qualidade não obedece a idades.

Aprecia os clubes das Highlands britânicas? Acha que o Celtic pode voltar a ser o que era?

José Borges

Análise e soluções invernais para os 4 grandes: F.C. Porto


Chegados a esta altura do ano, é tempo de dirigentes, em convergência com equipa técnica, se reunirem para analisarem o caminho percorrido até aqui, bem como as formas e soluções ao alcance dos clubes para ultrapassar melhor a segunda metade da temporada. Normalmente, o "remendo" encontrado, dá pela palavra de reforço. O significado de ele acontecer em Janeiro é só um: no Verão, as coisas não foram bem feitas. Façamos agora uma análise às necessidades de cada equipa:


F.C. Porto: O plantel do líder da nossa liga encontra-se bem servido em todas as posições. Na baliza conta com Hélton que é, de longe, o melhor guarda-redes do campeonato, bem secundado por Beto sempre que necessário. Nas laterais, o facto de Fucile não jogar, atesta bem a qualidade das opções ao serviço de A.V.B. Do outro lado, o corredor é de Pereira. No centro da defesa, finalmente vemos Otamendi a impôr-se de dragão ao peito, o que é uma boa notícia, pois Maicon ainda comete demasiados erros que apenas por mera sorte ainda não se revelaram fatais. Ao seu lado aparece Rolando que, apesar de não ser um fora-de-série, é certinho quando a seu lado tem um jogador como Otamendi. Já era assim com Bruno Alves. Chegados ao meio-campo, encontramos 3 lugares, e titulares, que não tem discussão. Bellushi apareceu renovado, Moutinho apresenta sempre um futebol de alta rotação, e Fernando, quando em forma, é um autêntico polvo na forma como rouba bolas ao adversário. Mas talvez seja no lugar de Fernando que eu gostaria de ver outro jogador, mais completo, visto que o brasileiro ainda peca muito quando tenta lançar ataques, novidade no seu jogo esta época. Guarín não é consensual, e percebe-se. Nas alas o Porto está muito bem servido. Um clube que conta com um explosivo (e goleador) Hulk (podendo aplicar os mesmos adjectivos a Varela), está sempre bem servido. Há alternativas para os dois, embora nenhuma delas tenha convencido. James já deu um cheirinho do que pode fazer, mas ainda é cedo para certezas. Mariano regressa em Janeiro, Ukra e Rodríguez devem seguir o caminho oposto do argentino. Se isso acontecer, deverá haver reforço de uma das alas, sendo escolhido para o lugar, talvez, um jogador que faça todas as posições da frente de ataque. A ponta da lança portista é de Falcão, mas Walter está à espreita. Se há quem defendas que dois jogadores para a posição é curto, eu respondo com a convicção de que, um terceiro homem, apenas atrasaria a evolução de Walter. Até porque Hulk pode fazer a posição, se necessário.


Possíveis posições a reforçar:


D.D: Apesar de Fucile garantir ter a palavra de Antero Henrique em como vai renovar contrato, a sua saída será sempre um cenário a colocar-se. Como tal, e restando apenas Sapunaru para o lugar, veria com bons olhos a inclusão de Sílvio, do Braga, jogador que já provou ter qualidade suficiente para representar uma equipa maior que o Braga.


ALAS: O reforço deste sector dependerá sempre das saídas. A julgar pelo que a imprensa passa cá para fora, Rodríguez e Ukra tem os dias contados no clube, pelo que será normal alguém chegar ao Dragão. Diego Maurício, do Flamengo, e Mário Santana, da Fiorentina, foram nomes falados, mas eu gostaria de deixar as minhas sugestões:


-Izmailov, do Sporting (o russo incompatibilizou-se com a direcção dos de Alvalade e, é um feeling pessoal, poderá chegar ao Dragão nas mesmas condições que Moutinho)


-Ozan Ipek, do Bursaspor (tinha curiosidade por esta equipa turca, e descobri este belo extremo de 23 anos. Faz muitas assistências. Em destaque na liga turca. Procurem por ele.


-Vieirinha, do PAOK ( sempre nutri especial carinho por ele, até por ser formado no clube. Já provou que pode jogar ao mais alto nível)


AV: Apesar de não concordar com a necessidade de mais um, não me admirava que chegasse alguém. Sugestão:


-Boselli, do Wigan (em tempos já falado para o Porto, o ex-goleador do Estudiantes não tem muitos minutos de jogo no Wigan, pelo que seria uma boa opção)




Que outras posições, jogadores, poderiam interessar ao Porto?


José Borges

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lázio: a bela arquitectura romana


Atenção a esta Lázio de Roma. Chegados ao final do ano, vemos a Lázio nas posições cimeiras da Série A italiana e, para esse facto, muito contribuiu o belo edifício, sob a forma de equipa de futebol, erguido por Claudio Lotito e esculpido pelo treinador Edy Reja. Confesso-me admirador dos underdogs, seguidor dos menos cotados nas casas de apostas e, por essa razão, a Lázio sempre mereceu a minha atenção pessoal.

Embora apenas tenha reaparecido esta época com uma formação capaz de lutar pela Europa, a laziale já possuía nos seus quadros jogadores suficientemente fortes para me provocar arrepios capilares. Do propalado Zárate, passando por Ledesma, acabando no elástico Muslera, rei das balizas uruguaias. Este Verão, reforçaram-se com um dos melhores volantes da América do Sul (assim apelidados em terras de Vera Cruz), jogador que muito estranhei ter aterrado em Roma, ainda para mais para representar o parente pobre da cidade. Mas o xadrez romano apenas ficou completo hoje. É capa de muitos díários italianos a eminente contratação de Roque Santa Cruz, ao Manchester City. Se a este nome juntarmos os de Rocchi e Floccari, podemos repetir: atenção a esta Lázio de Roma.

Era esta a peça que faltava aos romanos? Poderá intrometer-se na luta pelo título? Acha que os clubes portugueses poderiam ter feito um esforço, tendo em conta que a Lázio apenas pagou 300.000 mil euros pelo empréstimo, com opção de compra de 3M?

José Borges

domingo, 26 de dezembro de 2010

O que falta a este Liverpool?


Depois de amenizadas as dificuldades financeiras do clube da cidade dos Beatles, é agora tempo de reestruturar a sua equipa de futebol. O Liverpool, à imagem do sucedido com outros grandes do futebol inglês, sempre primou por conseguir manter os mesmos nomes na equipa, ano após ano. Será certamente essa a base do sucesso de Manchester United e Chelsea mas, apenas resulta quando esses nomes tem qualidade extra. Claramente, este Liverpool necessita de dar o salto qualitativo.

O primeiro passo foi dado com o assegurar da continuidade das duas figuras da equipa, Gerrard e Torres, mas essa revitalização de que falo não se pode esgotar aí. A chegada de Raúl Meireles foi importante, depois da aposta falhada em Aquillani no ocmeço da passada temporada. Lucas terá papel decisivo no futuro do Liverpool mas, por exemplo, já não consigo colocar Joe Cole no mesmo patamar. O inglês parece-se muito com o género de jogador que necessita de um background motivacional para render aquilo que apregoava nos tempos do West Ham e, mais tarde, com Mourinho, no Chelsea. Aliás, em Inglaterra, a imprensa acusa-o de ser movido a...euros.

Mas é no ataque que seria entusiasmante ver caras novas. Torres necessita de uma mudança de ares para voltar a ser El Niño, aquele furacão devastador que aterrou em Anfield. O resto dos jogadores não passam de apostas falhadas de treinadores antigos, com N'Gog e Babbel à cabeça. Por isso, e respondendo à pergunta sobre onde eu gostaria de ver Dzeko (entretanto posto à venda pelo Wolfsburgo), a resposta só pode ser o Liverpool. O futebol inglês é tudo aquilo que o bósnio pode sonhar para si. Não descurando uma análise cuidade das suas características base, claro.

Acha que o Liverpool tem condições para aliciar Dzeko? Que outros jogadores poderiam reforçar a turma de Anfield Road?

José Borges

sábado, 25 de dezembro de 2010

Este Arsenal necessita de um novo...Jefecito!


Tenho por hábito recordar jogos de temporadas passadas nos canais por cabo que me o permitem fazer. Num desses jogos, revi um Manchester United-Arsenal, da época 2000/2001, e voltei a apaixonar-me pela forma como um jogador conseguia engolir o espaço à sua volta. Uma, duas, três passadas no máximo, eram o suficiente para aquele jogador, de origens mais exóticas que aquelas que à data eram a realidade, absorver e chamar para si o controlo das operações. Era um chefe. Um patrão. Não só da zona do campo onde actuava, mas de toda uma equipa. Patrick Vieira. Olho para o Arsenal de hoje de Wenger e não consigo descodificar um jogador desta natureza, o engolidor de espaço. E ele faz falta. Mais que ao Arsenal, mas ao futebol britânico em geral.

É por isso que vejo com bons olhos o circular de noticias que dão conta do interesse do treinador gaulês dos gunners, em Javier Mascherano. Sim, o argentino chegou no último verão à cidade Condal. Sim, foi um dos melhores negócios do Verão. Sim, ele rende quando é chamado a intervir na equipa, mas...está tapado por um campeão do mundo. Está tapado por uma essência do Barcelona, especificamente naquela posição, que, ainda por cima, é um produto da formação blaugrana: Pedro Busquets. Enquanto isso acontecer, dificilmente Mascherano jogará assiduamente na equipa blaugrana.

O Arsenal, renovando os ecos de Inglaterra, estaria disposto a oferecer 22 milhões de euros pela sua contratação. Não me parece muito crível que o Barcelona se deixe deslumbrar pelos valores apresentados, até porque, desde o início que o argentino sabia que não seria um titular indiscutível. No entanto, seria um prazer poder voltar a ver El Jefecito todas as semanas no meu televisor. De preferência nos verdes campos de terras de Sua Majestade.

Concorda com esta parca utilização de Mascherano no Barcelona? É superior a Busquets? Que outro jogador amadureceria este Arsenal?

José Borges

Juventus e a nova coqueluche sérvia!


"Salta com noi Gigi Buffon!". O cântico não se têm feito ouvir no Olímpico de Turim, porém, há um novo mago dos Balcãs que faz a Zebra bianconera perder todas as suas unhas sempre que o novo Nedved embala e entorta pela direita. É Krasic, o sérvio com a mesma chegada ao golo que o checo tinha.

Vendo esta nova Juventus de Gigi Del Neri, é possível verificar que houve um corte com o passado. A equipa já não vive da meia distância de Del Piero, do fatalismo de Trezeguet e do rendilhado táctico conferido pelo brasileiro Diego, preso nas malhas do calcio. Ganhou velocidade, ganhou irreverência, mas talvez a sobrenceria, a arrogância que marcou o futebol bianconero nos últimos anos, se tenha perdido. No centro da defesa, um muro, a antítese do que é o central italiano elegante: Chiellini.

O meio-campo da Velha Senhora é populado com muito músculo, ao qual se juntou esta temporada Aquilani, vindo do Liverpool, que faz agora companhia ao nada consensual Filipe Melo, jogador que peca, sobretudo, pelo excesso de agresividade que empresta a cada lance. Para dar ainda mais peso ao centro do terreno, Sissoko, o típico médio possante africano que confere estabilidade, mas também problemas de rins, à sua equipa. Mas a criatividade volta a ter um nome forte, e também nas alas: Simone Pepe, velocista, e repentista, da nova vaga do futebol transalpino. Já não se poderá dizer qe é uma promessa, mas veio conferir ao futebol da Juventus o bom futebol pelas linhas que tinha perdido com a saída de Camoranesi, que finalmente abandonou o Calcio.

Objecto de muitas especulações neste quase defeso invernal, a frente de ataque continua a contar com os mesmos nomes, há já alguns anos. Se Amauri tem revelado um recente débil faro pelo golo,Quagliarella trouxe uma refrescante aragem nos processos de finalização da equipa.Del Piero bateu este ano o recorde de número de golos pelo seu clube de sempre, a Juve. Mas, como tudo, não é eterno. Apesar de em Itália essa expressão muitas vezes parecer não fazer sentido...

José Borges

A revolução do Málaga


A revolução do Málaga, um novo rico na liga espanhola, começou a ser operada esta época com a chegada de um novo milionário à presidência do clube espanhol. A equipa reforçou-se com alguns bons nomes, contratou um dos mais titulados treinadores portugueses, elevando assim as expectativas dos seus aficionados. No entanto, nem tudo correu conforme planeado. Jesualdo Ferreira foi despedido ainda a meio da primeira metade da temporada e, para seu lugar, chegou um técnico que já tem um passado de sucesso na principal divisão espanhola, de seu nome Manuel Pellegrini, ex-Villarreal e Real Madrid.

Mas é agora que o Málaga pretende fazer a derradeira aposta no seu futebol. Os nomes a circularem na imprensa crescem a cada dia, deixando os adeptos com água na boca. As petições do seu novo treinador irão certamente levar Abdullah Bin-Nasser Al-Thani a abrir os cordões à sua bolsa, havendo, segundo se diz, dinheiro suficiente para contratar 10 novos bons jogadores.

O clube já tem atado aos seus destino o ex-Bayern Munique, o central argentino Demichelis, que este ano por usufruir de poucos minutos de competição na Bundesliga, disse sim ao projecto do clube espanhol, que luta para se salvar dos lugares de descida. Mas há mais: a formação de Málaga está perto de garantir os serviçõs de júlio Baptista, proscrito na Roma, e de Ignacio Camacho, que também não alinha regularmente no Atlético de Madrid. Gervinho, do Lille, e Javi Guerra, do Valladolid, também estarão na calha.

Serão estes os reforços de que o Málaga necessita para se tornar grande em Espanha? Qual é o verdadeiro impacto que estes novos donos árabes, americanos, etc, tem no mercado de transferências? Que outros jogadores poderiam interessar ao Málaga?

José Borges

Fábio Coentrão no onze d ano do L' Equipe


Não se poderá dizer que tenha sido uma surpresa de maior ver o nome do jogador, originário das Caxinas, naquela que é a uma das nomeações mais honrosas e que servem para destacar a prestação de um jogador ao longo de todo um ano civil.

Apelidada, esta presença, em França, como "surpresa", considero que foi inteiramente justa esta eleição para a equipa do ano pelo diário desportivo francês. Coentrão assinou uma excelente época no Benfica, demonstrando toda a sua evolução no seu jogo, dando continuidade a essas boas exibições durante o Mundial na África do Sul. O vila-condense foi mesmo crucial no regresso dos encarnados à conquista do título nacional.

Os restantes nomes que compôem a equipa, são, e por orden de nacionalidade: Piqué, Xavi, Sergio Busquets e Andrés Iniesta. O guarda-redes do Real Madrid, Iker Casillas, completa a “armada” espanhola. O jornal gaulês elegeu ainda outro jogador da equipa catalã, o argentino Lionel Messi.Os defesas brasileiros do Inter, Maicon e Lúcio, também entram no melhor “onze” do ano, que fica completo com o holandês Wesley Snejder, também da equipa “nerazzurra”, e com o alemão do Bayern, Bastian Schweinsteiger.

Considera justa esta eleição de Coentrão para este onze do ano? Se não, que outros nomes par sua posição se notabilizaram ao logo deste ano? Além dos nomes já mencionados, qual seria o seu onze do ano?

José Borges

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Dinamite de Bruxelas: Lukaku


Com origens na Antuérpia, eis que surge na última temporada um avançado que promete assombrar o mais físico dos defesas. Iniciando a sua carreira no futebol juvenil ao serviço do FC Bruxelas, foi quando Lukaku se mudou para o parente rico da cidade, o Anderlecht. Rapidamente se começou a destacar na formação do clube belga, averbando um golo por jogo em todos os jogos da equipa de reservas. Começava assim a tornar-se no melhor “aluno” da formação Púrpura de Bruxelas, preparando desse modo a sua chegada à equipa principal.


Beneficiando de um físico imponente (1,92m e 94kg), o futebol de Lukaku, como é passível de ser subentendido, não se esgota no poderoso jogo aéreo ou num jogo musculado em que o uso do corpo é palavra de ordem. Não. O jovem belga dispõe de mais argumentos. A juntar ao manancial já mencionado, Lukaku é um genuíno avançado, jogando muito bem fora de área, fazendo bom uso da vantagem de não ter propriamente um pé preferido, aproximando-se e sendo letal dentro da grande área.


Desde a sua explosão com aos seus tenros 16 anos, não demorou muito a começar a discussão sobre para quando estava prevista a sua chamada aos trabalhos da selecção. A discussão subia de tom, até pelo facto de a Bélgica não dispor de um grande avançado à muito tempo. Essa estreia pelo combinado belga aconteceu frente à Croácia, secundado por Dembelé e uma outra estrela, que agora está nos blocos de notas dos olheiros mais reputados: Eden Hazard. Lukaku não marcou, mas dizem as crónicas do jogo que revelou um imenso à vontade e um excelente jogo posicional para alguém da sua idade. Depois de Luc Nilis e Marc Wilmots, a Bélgica voltava a ter um jogador-chave a quem agarrar as suas esperanças futuras.


Mas Lukaku deverá manter os pés assentes no chão. Aconselhado pelo seu pai (também ele um ex-futebolista profissional), é normal que o muitíssimo jovem belga ainda não tenha capacidade para medir a carga que desde tão cedo insistem em colocar-lhe nos ombros. Por forma a aliviá-la, o treinador do Anderlecht conta com uma frente atacante que lhe permite preservar Lukaku sempre que necessário. Fundamental? Claro. São demasiados os casos em que estas jovens estrelas se perdem pelo caminho, perdendo um brilho que nunca chegou a ser completo.


Bem ao estilo de Usain Bolt, Romelu Lukaku é um atleta que pode afirmar com toda a convicção que é mais que poderio físico. Pela amostra dada, o belga é claramente capaz de se fazer notar em campo, mesmo antes de ver o seu nome na lista de marcadores.

Aos 17 anos e já com estatuto de titular da selecção belga, por onde passa selecção rá o destino de Lukaku? Será ele a próxima referência de ataque do futebol mundial, sucedendo a nomes como Drogba e Eto´o? Aproveitando o exemplo do avançado do Anderlecht, que, aos 16 anos já jogava com regularidade na equipa principal, deveriam os clubes portugueses apostar mais nos jovens portugueses, indepentemente de terem 16 ou 17 anos? Por exemplo, jogadores como Bruma, Ricardo Esgaio, Sancidino Silva, Lupeta, entre tantos outros, poderiam já nesta fase das suas carreiras jogar na nossa Liga profissional?

José Borges

Será Kagawa a peça que falta ao Real Madrid?


Kagawa é, neste momento, a grande sensação da Bundesliga. Bem secundado por Nuri Sahin, o turco do Dortmund no meio-campo, este avançado nipónico, oriundo do Cerezo Osaka, no verão passado, tem queimado etapas no principal campeonato germânico à velocidade da luz.


Actua como avançado/extremo/médio ofensivo, joga de igual forma com os dois pés e, com a sua velocidade endiabrada atormenta qualquer rival que se lhe depare. O seu jogo de desenhos animados não passa despercebido a clubes de grande dimensão, entre eles o Real Madrid. Ecos de Madrid dizem que José Mourinho está muito agradado com o japonês e que é um dossier que ele não pensa fechar.

Apesar de estar necessitado de um avançado devido à lesão de Híguain, parece complicado que, apesar da vontade já expressa por Mourinho em contratar um avançado, o Madrid avance no mercado de inverno e faça uma proposta por Kagawa. Os diferendos entre presidente/director desportivo também não ajudam a que se faça a vontade ao técnico luso. Comenta-se, em Espanha, que há mais pretendentes por Kagawa, entre eles o Barcelona, Sevilha, Valência, Villarreal e o Espanhol.

Dificilmente veremos este talentoso avançado em qualquer um destes clubes, sendo quase certo que em Dortmund se continuará a disfrutar do futebol do asiático. Mais um exemplo da qualidade da gestão e escolha dos seus activos, que é por demais inteligente, analisando o preço pago pelo jogador, e o que ele irá render aos cofres do Borússia.

Acha que Kagawa é o jogador que falta a este Madrid? Estrá o nipónico preparado para dar o salto para um tubarão europeu? Se não Kagawa, quem poderia o Real contratar para suprimir o espaço deixado vazio por Higuaín?

José Borges

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Manchester united procura substituir Van der Sar

Apesar da chegada do dinamarquês Lindgaard a Old Trafford, a busca pelo substituto ideal de Edwin Van der Sar não cessou. Alex Ferguson já anunciou que esta é a última época do internacional holandês, contudo, não obstante à ambição do jovem escandinavo em ser o escolhido para substituir a título definitivo o actual guarda-redes de 40 anos do United, há mais nomes que se perfilam como estando na calha para desembarcar em Manchester na próxima época. A saber:

Hugo Lloris: Não é apenas o Manchester United que está interessado em Lloris. O guarda-redes do Lyon é constantemente associado a grandes clubes europeus, como o caso do Arsenal e do Milan, apesar de este último se ter reforçado com Amelia no passado defeso. Um dos alvos mais caros e difíceis se a escolha recair neste francês, já titular da sua selecção.

Manuel Neuer: O alemão é um esteio do Schalke 04, e recebeu a preciosa benção de Oliver Kahn para se assumir como titular na guarda das balizas da selecção alemã. Fala-se que terá acordado com a direcção do emblema germânico a sua continuidade no clube até 2012, pelo que só por uma verba extraordinária qualquer clube o conseguiria levar da Alemanha.

David de Gea: O guardião formado na camadas jovens do Atlético de Madrid, apesar de extremamente novo, é cada vez mais uma certeza nas balizas espanholas. Aproveitou a lesão de Sérgio Asenjo para ganhar um lugar na equipa, e daí para cá não mais o largou, provando a cada jogo que está pronto para altos voos na sua ainda curta carreira. Fala-se que terá um acordo com o Manchester United, recebendo o Atlético 20 milhões de euros.

Allan McGregor: Será a opção menos consensual em Manchester, mas é sabido o apreço que Ferguson nutre pelo seu conterrâneo. Titular no Rangers, da Escócia, seria a opção mais económica, mas que menos descansaria os adeptos do United para o futuro.

Qual destes guarda-redes se encaixaria melhor no United? Qual teria um maior impacto imediato na equipa? Vê algum guardião além destes com valor para assumir o lugar do veterano holandês? Há algum na nossa liga com capacidade para chegar a um clube como o Manchester?

José Borges