quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Elland Road vibra...e o Leeds vive!


Há muita discussão sobre os níveis de expectativa por Elland Road, estádio do Leeds, nos dias que correm. E, para ser sincero, ela é justificada, depois de bater os líderes Q.P.R por 2-0, alargando para nove jogos a imbatibilidade no campeonato, subindo assim ao 2.º posto da tabela classificativa. É justo dizer que o Leeds está a exceder as expectativas dos mais cépticos adeptos do United local.

Mesmo depois do seu goleador, Jermaine Beckford, se ter mudado para o Everton numa trasnferência a custo zero. Das 10 contratações que a equipa realizou no Verão, apenas Kasper Schmeichel, o lateral Paul Connolly e o central Alex Bruce ganharam um lugar entre a equipa que conseguiu a época transacta a subida desde a League One.

Porém ,nem sempre o horizonte se mostrou radioso para os de Leeds. No fim de Outubro, a equipa parecia muito enfraquecida depois da surpreendente derrota caseira frente ao Cardiff City. A partir daí, perderam 4 jogos em 5 possíveis, o que pôs à prova as verdadeiras capacidades do seu jovem treinador.


Primeiro: aumentou a capacidade defensiva do Leeds, trazendo para Elland Road o experiente Andy O'Brien do Bolton, por empréstimo. Andy actuou como se fosse da terra, jogando sempre com o nível de compromisso que um jovem tem quando procura o seu primeiro contrato profissional. Resultado: Leeds pretende contratá-lo a título definitivo.

Segundo: ajudou a que o talentoso escocês Robert Snodgrass voltasse à sua melhor forma. Mudou o sistema táctico, passando de um 4-4-2, para um dinâmico 4-2-3-1. Com O'Brien a conferir a necessária estabilidade na defesa, apoiado por Bradley e Kilkenny, o inspirador capitão, Howson, tem agora licença para atacar juntamente com Snodgrass, recebendo a ajuda do marfinense Max Gradel no apoio ao solitário avançado, Becchio.


Fez esta terça-feira dois meses desde que o homem que possibilitou esta re-ascensão do Leeds United, Grayson, foi contratado ao Blackpool, depois dos responsáveis pela equipa perceberem que não iam a lado algum com a lenda escocesa Gary McAllister. Qualquer que seja a opinião sobre a formação inglesa presidida por Ken Bates (ex-presidente do Chelsea), não se poderá negar que o crédito ganho nos últimos meses foi considerável. Eu tenho saudades dos tempos em que, jogadores como Lee Bowyer, Rio Ferdinand, Alan Smith, Mark Viduka, Jason Wilcox, Harry Kewell, entre outros, se batiam com os melhores da Europa. Parece que já não vou ter de esperar muito mais.


Lembra-se da bela equipa do Leeds United de 2000, que inclusive alcançou as meias-finais da Champions? Acredita que, à semelhança do Newcastle, podem voltar a fazer figura na Premier League?

José Borges

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