quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Análises e soluções invernais para os 4 grandes: Sporting


Chegados a esta altura do ano, é tempo de dirigentes, em convergência com equipa técnica, se reunirem para analisarem o caminho percorrido até aqui, bem como as formas e soluções ao alcance dos clubes para ultrapassar melhor a segunda metade da temporada. Normalmente, o "remendo" encontrado, dá pela palavra de reforço. O significado de ele acontecer em Janeiro é só um: no Verão, as coisas não foram bem feitas. Façamos agora uma análise às necessidades de cada equipa:


Sporting: Fazer uma análise ao actual momento da equipa leonina, é uma tarefa dificultada por questões extra-desportivas. A instabilidade, a falta de consenso, as quezílias que são quase diariamente noticiadas para os lados de Alvalade, quase sempre tendo como alvo os seus dirigentes, ajudam a que todo o potencial da equipa...não se potencie. Um dia que o Sporting "arrume a casa", tem todas as condições para se erquer tão alto como já esteve. Até lá, apenas pode tentar cumprir e seguir os pergaminhos do clube: vencer. Muito embora eles próprios tenham noção que não estão, por agora, reunidas condições para que isso aconteça.

Comecemos pela baliza: O Sporting apresenta a normal hierarquia ou, pelo menos, aquela que eu julgo ser mais proveitosa para o clube. Guarda-redes com potencial no onze, guardião com experiência nas reservas. É isso que acontece com Patrício e Hildebrand. A minha opinião sobre Patrício é muito simples: quiseram que ele cresce-se rápido demais. E com isso, não se apercebendo, travaram um pouco a afirmação dele, de um jovem que, se tiverem paciência, será o titular do Sporting por largos anos. Qualidade, estatura, ele tem. Na banda defensiva, aparecem João Pereira e Evaldo. Cada um ao seu estilo - o português mais audaz no ataque, o brasileiro mais equilibrado e posicional a defender - conferem o equilíbrio e dinâmica pedida aos corredores. São ambos jogadores de qualidade, que apenas não são bem complementads por que joga à sua frente. No centro, espaço para um produto da formação, Carriço, que já é capitão, e que padece do mesmo síndorme de Patrício: deveria estar em evolução! Sustentada! Pedem-lhe, com esta idade, que dê a cara pelo clube, e isso mina o crescimento de um central que eu aprecio e estranho não ver nos eleitos da selecção. O outro posto da defesa tem sido dividido entre Polga e N.A.C, mas eu espero que, este ano civil, o Torsiglieri possa agarrar o lugar. Tenho boas referências dele. Chegados ao meio-campo, gostaria que a aposta recaísse em Zapater. Não é à toa que desde cedo foi muito pretendido em Itália, e percorreu todos os escalões jovens da selecção espanhola, numa geração que contava com jogadores como Iniesta, por exemplo. No entanto, o lugar é muito provavelmente de P.Mendes, quando refeito totalmente da lesão que até aqui o afastou. A seu lado, André Santos, que tem tudo para ser o próximo médio de alta rotação do futebol português. Na ponta do tridente do centro do terreno, todos os sportinguista gostariam de ver a afirmação definitiva de um génio da bola, de seu nome Matías, mas que tarda em mostrar e fazer jus ao epíteto de um dos melhores jovens jogadores sul-americanos. Tem lampejos de génio ,mas o seu jogo necesita de maior regularidade. Se não resultar, deve avançar Valdés, que já provou ser mais 10 que um extremo. Nas alas, aí sim, os maiores desafios para este Sporting de Paulo Sérgio. Palavra-chave: equílibrio. É a base de sucesso para uma equipa...de sucesso! Se numa das alas defensivas se encontra um jogador mais posicional, e parco em apoios ofensivos, optar por um ala mais vagabundo. Se na outra estiver um corredor de fundo, ao bom estilo de Pereira e Coentrão, optar por um ala mais equilibrado, que confira transições defensivas e acompanhe as efectuadas pela própria equipa. Têm tudo a ver com transições, momentos certos e equilíbrios adjacentes. Por isso mesmo, faz falta Izmailov a este Sporting, jogador muito culto tacticamente: equilibrado, completo. Do outro lado, a irreverência de Vuckcevic, jogador acima da média, mas com dificuldades no controlo mental. Na frente só pode estar Postiga. Além de ser o único ponta-de-lança culto da equipa (Saleiro aproxima-se), é o garante de golos por esta altura.

Possíveis posições a reforçar:

Ala: Com o diferendo Izma-direcção, é crível que chegue alguém para a ala-esquerda. Yannick estará também com um pé fora de Alvalade. Urge reforçar o sector.

-Mariano, do Porto (o argentino terá agora o sua chance nos quadros portistas, mas não me parece provável que acrescente muitos minutos às suas pernas no que falta jogar da temporada. Fruto das boas relações com o Porto, poderia chegar envolvido numa já típica troca entre emblemas)

-Edinho, do Málaga (jogador mais forte fisicamente que qualquer um dos alas do Sporting. Essencialmente um jogador de raça e querer. Não faz parte dos planos de Pellegrini)

-Wilson Eduardo, emprestado ao Portimonense (à semelahnça do acontecido noutras agremiações, Janeiro é tempo de fazer voltar alguns dos emprestados qe se tem destacado. Uma vezes resulta, outras não, mas seriabom ver Wilson a ter uma oportunidade)

-Nolito,do Barcelona (pode comprometer-se com qualquer clube a partir de Janeiro. Do que vi dele, só posso dizer uma coisa: fiquei maravilhado. não podem subir todos à equipa principal do emblema culé. Talvez incomportável aos cofres de Alvalade)

AV: O Natal já passou, e o pinheiro ainda não chegou. É uma visão um pouco provinciana esta, de homem-golo muito alto, que só precisa de marcar presença na área, e as bolas batem nele e entram. Não me parece que sejam essas as necessidades da equipa. Precisa de ser um finalizador nato, como o era Liedson, antes da idade lhe bater à porta também.

-Zé Eduardo, do Santos (consensual em muitos fóruns sportinguitas. Uma solução economicamente vantajosa para o clube. 22j e 18g em todas as competições pelo Peixe)

-Dagoberto, do São Paulo (mais difícil de ser concretizada, mas não impossível. Dagoberto já não poderá ser negociado pelos valores que há uns anos atrás valeria. A idade foi avançando, e com isso o preço do seu passe baixou. Jogador de créditos firmados no Brasil)

-Keirrison, emprestado pelo Barcelona ao Santos (sempre defendi que um jogador que cuata 14M não pode ser um flop. Os golos que marca no Brasil são a prova de que merece mais tempo para mostrar tudo aquilo que sabe fazer. Se chegou ao Benfica por empréstimo, também pode chegar ao Sporting)

-Rafael Sóbis, do Internacional (já andou pelas Arábias, embora a qualidade que mostrou no Bétis e Brasil tenham sido, em tempos, suficientes para o levar até aos planos da selecção nacional brasileira. Muito tecnicista)

Que outras posições, jogadores, poderiam interessar ao Sporting?


José Borges

2 comentários:

CL disse...

Será que me podes dar o teu email, para falar melhor?

Zezé disse...

zezemdl@hotmail.com